Pela primeira vez saí do hotel. Os dias corridos de cobertura de imprensa arrasaram a vaidade e o rimel. Mas indo ali, do outro lado da avenida, senti que valia uma basesinha com gloss. Fazia tempo que não escutava tanta buzina cantando e tantos olhares que miram os corpos femininos como se fossem bistecas. Um certo nojo. Atravesso a rua e enquanto espero a amiga amedrontada com os carros um negão largo passa do meu lado. Sussura um chica sei lá o que que não entendo e passa a mão na minha bunda. Empanico com o machismo da zona mais nobre da cidade. Uma vozinha então me fala discretamente: ojo chica, o mundo não é o que deveria.
25 de abril de 2008
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Um comentário:
ojo chica, el mundo no és lo que deberia....
quilparil!
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